A guerra na Ucrânia completou, no dia 24 de junho, quatro meses. A crise humanitária causada por esta guerra invadiu todos os meios de comunicação e colocou a população mundial em estado de alerta.
Além dos impactos sociais e económicos, é importante ter atenção à devastação ambiental que está a ser provocada pelos utensílios militares que são agressivos para o meio ambiente.
Ao longo dos últimos meses, a construção de trincheiras e os tanques que destruíram a vegetação e os explosivos que provocaram incêndios e espalharam componentes tóxicos no ar.
É também importante ter em conta que este país contem cerca de 70 000 espécies raras de flora e fauna e representa cerca de 35% da biodiversidade na Europa. Cerca de 16% da sua área é coberta por florestas e 44% dos seus parques e reservas naturais.
Como podemos ver, todos estes fatores fazem da guerra na Ucrânia mais uma ameaça à preservação do planeta.

O impacto nos combustíveis
Um dos efeitos do conflito chegou a Portugal com o aumento do preço dos combustíveis. Em declarações à TSF, Francisco Ferreira, membro da associação ambientalista Zero, afirmou que “um dos alvos que tem vindo a ser atingido nesta guerra são as unidades industriais, desde refinarias a outro tipo de fábricas, e isso significa impactos em termos de poluição da água, de tanques de petróleo, de armazenamento de combustíveis, de contaminação das águas subterrâneas, dos incêndios que estão a contaminar o ar, muitas das vezes com químicos perigosos”.
Tornou-se ainda mais visível a dependência da Europa no que diz respeito aos combustíveis fósseis. Francisco Ferreira afirma ser impressionante o peso que a Rússia à escala mundial como produtora de petróleo.

Como eliminar a dependência dos combustíveis?
Como podemos, então, combater as consequências deste conflito?
Francisco Ferreira aconselha o investimento na independência energética, desde os veículos aos edifícios. Desta forma diminuímos a dependência dos combustíveis fósseis, o que beneficia não só o meio ambiente, mas também implica um custo bastante inferior na mobilidade.
“A ideia de fazermos uma aposta grande numa independência energética à custa de fontes renováveis é algo que podemos e devemos apostar. Temos essa possibilidade de fazer uma aposta mais barata e mais estruturante e que nos permita ser mais resilientes em relação a estes conflitos”, afirma.
Mais de mil pessoas e organizações de 75 países emitiram uma carta aberta, através da Associação de Construção da Paz Ambiental, para expressar as suas preocupações quanto ao custo ambiental e humanitário da guerra na Ucrânia.
A Power To Move expressa a sua solidariedade para com a população ucraniana e incentiva a adesão às soluções elétricas como um contributo para amenizar as consequências ambientais. Saiba aqui como podemos ajudar.